Cocamar comemora seus 60 anos em evento bastante prestigiado
Com cerca de 800 convidados, entre os quais muitas autoridades, com destaque para o governador em exercício Darci Piana, vários secretários de estado, deputados, empresários, representantes de instituições de pesquisa e empresas parceiras, a Cocamar comemorou na noite sexta-feira (14/7) no centro de eventos Paraná Expo, em Maringá, seus 60 anos de história.
Recepcionados pelos integrantes do Conselho de Administração, Diretoria Executiva, superintendentes e gestores de diferentes áreas, eles acompanharam a programação que iniciou com a saudação do bispo de Ourinhos, Dom Eduardo Vieira dos Santos (ex-funcionário da Cocamar) e a apresentação da Orquestra Maringaense de Viola Caipira.
Na sequência, pronunciaram-se o presidente do Conselho de Administração, Luiz Lourenço, sobre a história inicial da cooperativa e seus primeiros desafios; o presidente executivo Divanir Higino, a respeito do momento atual da organização; e o vice-presidente executivo José Cícero Aderaldo, que se referiu ao que prevê o planejamento dos próximos anos da Cocamar, bem como às perspectivas do agro brasileiro.
“Quando a Cocamar foi fundada em 1963, por um pequeno grupo de 46 produtores de café, o melhor momento da cafeicultura já havia ficado para trás”, disse Lourenço, enfatizando que a cooperativa soube adaptar-se aos novos tempos e crescer. Ele fez especial menção a dois ministros da Agricultura que foram determinantes para o sucesso da Cocamar. O primeiro, Luiz
Fernando Cirne Lima, no final da década de 1960, que orientou os dirigentes a se prepararem para a chegada das culturas mecanizadas de grãos. O segundo, Alysson Paolinelli – falecido recentemente – que, no começo dos anos 1970, alertou para a necessidade de industrializar os grãos.
“A Cocamar vive o seu melhor momento”, destacou Divanir Higino, lembrando os números obtidos em todas as áreas, com um crescimento acelerado, bem como os reconhecimentos prestados por respeitadas instituições nacionais e internacionais que ressaltam a qualidade da gestão da Cocamar, e também o fato de a mesma ter sido eleita, pelo segundo ano consecutivo, a melhor cooperativa agropecuária do país. “É a confirmação de que estamos no caminho certo”, frisou o presidente-executivo, aproveitando para agradecer a todos pela confiança e a parceria.
Por sua vez, José Cícero Aderaldo ressaltou a expansão da Cocamar para outras regiões do país, tendo inaugurado recentemente instalações em Mato Grosso e Goiás. E mencionou que o agro brasileiro se expandiu fortemente a partir do início das exportações para a China, ainda no final da década de 1990, sendo que para os próximos anos e décadas “outras Chinas vão surgir, demandando um volume de alimentos para atender uma população que melhora sua qualidade de vida e que somente o Brasil e alguns poucos países terão condições de suprir”.
Para o governador em exercício, Darci Piana, “a Cocamar é uma referência do agro brasileiro e um orgulho dos paranaenses”, enquanto o secretário de Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, destacou a parceria com a cooperativa e o seu pioneirismo em programas como a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). Já o secretário de Indústria e Comércio, Ricardo Barros, citou o dinamismo da atuação da Cocamar e a sua diversificação de negócios, lembrando que seu avô Odwaldo Bueno Netto foi um dos fundadores e o cooperado número 1.
Várias outras autoridades foram convidadas a se pronunciar, entre elas o diretor de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária, Wilson Vaz de Araújo, o prefeito Ulisses Maia e a ex-governadora Cida Borghetti. Houve, também, a projeção de alguns depoimentos em vídeo.
Reunindo 19 mil famílias de produtores cooperados nos estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás, a Cocamar recebeu na safra de verão 2022/23 um volume recorde de 2,311 milhões de toneladas de soja, para um montante orçado de 2,085 milhões. A expectativa para o milho de inverno, cuja colheita está em curso, é de 1,550 milhão de toneladas, além de 100 mil toneladas de trigo, 2,800 milhões de caixas de laranja e 23 mil sacas de café beneficiado. A previsão de faturamento para este ano é de R$ 13,7 bilhões, contra R$ 11,1 bilhões registrados no exercício 2022.